Polícia Civil desarticula pirâmide financeira que atuava em Iguatu e região

11 de dezembro de 2017 - 10:21

A Polícia Civil do Estado do Ceará, por intermédio da Delegacia Regional de Iguatu, desencadeou, na manhã de hoje (07), a operação Pirâmide. A ação desarticulou uma pirâmide financeira denominada “D9 Clube de Empreendedores”, que atuava em Iguatu e em outras cidades da região Centro-Sul.

No final do mês de agosto deste ano, a Polícia Civil recebeu várias denúncias de pessoas que foram atraídas a investir em uma empresa chamada D9 clube. Os responsáveis por esta empresa em Iguatu ludibriavam as vítimas alegando que elas teriam que investir a quantia mínima de R$ 6.750,00 e com isso teriam lucros acima de 30% ao mês e mais de 300% ao ano.

Várias pessoas investiram e criaram contas virtuais no site da empresa. As pessoas relataram que o pagamento do valor e o recebimento dos lucros eram feitos por meio de dinheiro em espécie, diretamente com os responsáveis pelo negócio. Em determinado momento, os repasses cessaram e muitas pessoas ficaram no prejuízo, procurando a Delegacia de Polícia para relatar os fatos.

Após investigação detalhada, que durou cerca de três meses e ouviu 57 vítimas, contando com mais de 400 páginas entre fotos, documentos e depoimentos, a PCCE constatou que tudo não passava de um golpe financeiro que prejudicou centenas de pessoas. Diante de todas as provas colhidas e por se tratar de um crime financeiro que envolveu altas somas em dinheiro, a entidade solicitou junto ao Poder Judiciário as medidas cautelares cabíveis, a fim de que as vítimas pudessem ser ressarcidas e que os infratores pudessem ser responsabilizados criminalmente.

Na manhã dessa quinta-feira (07), a Polícia Civil concluiu a apreensão de sete veículos, quatro carros, duas motos e um reboque. A Justiça decretou o bloqueio dos bens móveis e imóveis e a hipoteca legal de duas casas, além de outras medidas cautelares, com a finalidade de assegurar que os investigados possam ressarcir todo o prejuízo causado às vítimas. Estima-se que mais de 500 pessoas tenham participado desse negócio e que mais de cinco milhões de reais tenham sido movimentados pelos líderes do esquema.

Os veículos apreendidos serão encaminhados para um depósito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e ficarão à disposição da Justiça para serem avaliados e leiloados no momento oportuno. Os imóveis hipotecados também servirão para garantir o ressarcimento das vítimas. Quanto aos seis indivíduos considerados responsáveis pelo do negócio, por motivos de sigilo e pelo fato de estarem, até o momento, auxiliando nas apurações, não serão divulgados os seus nomes, contudo pode-se afirmar que estão sendo investigados pelos crimes de pirâmide financeira, associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas chegam aos 20 anos de prisão.