Polícia prende servidor que negociava medicamentos de venda controlada em cadeia pública

9 de junho de 2017 - 20:11

Uma operação integrada entre as delegacias do Departamento de Polícia Metropolitana da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) resultou na apreensão de diversos medicamentos de uso controlado que eram negociados por um servidor público a detentos da Cadeia Pública de Maracanaú, na  Área Integrada de Segurança 12 (AIS 12). O suspeito foi preso em flagrante, na manhã dessa quinta-feira (08), em casa. A operação denominada Tarja Preta apreendeu mais de 4 mil comprimidos de uso controlado e venda proibida, além de outros materiais de uso hospitalar, como agulhas, na casa do suspeito.  O homem facilitava a entrada de material ilícito para dentro da cadeia.

Após dois meses de investigação conduzida por equipes da Delegacia Metropolitana de Maracanaú, sob a coordenação do titular Vicente Alencar, e do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), tendo à frente a delegada Ana Lúcia Almeida, os policiais chegaram até o nome de Francisco Eliano Ferreira da Silva (61). Ele é servidor público na Cadeia Pública de Maracanaú. O cumprimento dos mandados contou com o apoio de equipes das delegacias metropolitanas de Caucaia, Aquiraz, Eusébio e do 23º Distrito Policial.

Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, os policiais encontraram os medicamentos escondidos em gavetas de guarda-roupas em dois cômodos do imóvel. Durante a vistoria, o suspeito, no entanto, estava de serviço na cadeia. Quando Eliano chegou em casa, ele revelou aos policiais que parte dos medicamentos eram de uso próprio para tratamento de hipertensão e outras doenças do gênero. Contudo, o suspeito não apresentou qualquer documentação médica ou nota fiscal que justificasse a grande quantidade de medicamentos encontrados na casa. Os remédios apreendidos eram desviados do posto de saúde de Maracanaú, conforme levantamento policial.

De acordo com a Polícia, entre os medicamentos apreendidos foram encontrados frascos e embalagens de remédios para o tratamento de osteoporose, diabetes, infecções respiratórias, depressão, entre outros. As investigações da Operação Tarja Preta continuam em andamento para identificar outros suspeitos de facilitar a entrada de drogas, aparelhos celulares e até armas na cadeia pública.

Ao mesmo tempo, na cadeia pública, outra equipe de policiais civis, com apoio do Grupo de Atendimento Penitenciário (GAP), apreenderam cerca de 40 celulares, carregadores e tabletes de maconha em vistorias nas celas dos detentos. Todo o material apreendido na operação foi levado para a delegacia de Maracanaú.

Eliano foi conduzido para a Delegacia Metropolitana de Maracanaú, onde foi autuado por receptação, por adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e na Lei de Crimes Hediondos pela venda ou, de qualquer forma, distribuição ou entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.