Polícia Civil prende suspeito de atear fogo em ônibus que resultou na morte de cobrador

8 de junho de 2017 - 19:00

A Polícia Civil do Estado do Ceará, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prendeu um homem suspeito do incêndio a um ônibus, no dia 20 de abril, que resultou na morte do cobrador do coletivo José Nunes de Sousa Neto (56), no bairro Canindezinho, na Área Integrada de Segurança 9 (AIS 9). O suspeito foi preso durante cumprimento de mandado de prisão, na manhã desta quinta-feira (08), no bairro Conjunto Esperança (AIS 9), em Fortaleza. Um adolescente de 17 anos, suspeito de envolvimento no crime, foi levado para prestar depoimento. O caso foi apresentado em coletiva de imprensa, na sede da Secretária da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Para o secretário da Segurança Pública, André Costa, a prisão é uma resposta à família e à sociedade. “Essa é mais uma ação exitosa, uma resposta da Polícia Civil, por meio da DHPP, principalmente à família da vítima. A investigação leva seu tempo, mas o importante é que a Polícia deu o bote certo, prendendo um suspeito com envolvido direto no crime”, frisou o titular da Pasta.

Eliude Pereira da Silva (19), vulgo “Juninho”, que já responde a dois procedimentos por roubo e um por porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, é suspeito de jogar coquetel molotov dentro do ônibus da linha Jardim Fluminense, no qual se encontrava o cobrador José Nunes de Sousa Neto (56), deficiente físico. A vítima não conseguiu sair a tempo do coletivo e foi retirada por populares com queimaduras de 3º grau. O profissional faleceu no dia 8 de maio, no Instituto Doutor José Frota (IJF), em decorrências das queimaduras.

Durante a ação policial, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão na casa de Eliude e do adolescente de 17 anos, suspeitos de ter participado do incêndio ao coletivo. Na casa de Eliude, os policiais apreenderam celulares e cocaína. Outros dois suspeitos foram presos em flagrante por tráfico e associação para o tráfico de drogas. De acordo com a Polícia Civil, Sergiana Monteiro Marques (28), que responde por tráfico de drogas, e Carlos Rayan Ferreira da Silva (21), sem antecedentes, são comparsas de Eliude na atividade ilícita.

A Polícia Civil investiga o envolvimento de Eliude em outros crimes na Capital, incluindo homicídios. O suspeito foi conduzido para a DHPP, onde foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, corrupção de menores, além de tráfico e associação para o tráfico de drogas.