Fase final da Operação Tarja Preta resulta em 14 prisões de suspeitos envolvidos na distribuição de psicotrópicos

28 de novembro de 2017 - 09:50

 

 

A operação denominada “Tarja Preta – Parte Final”, realizada pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio da Delegacia Metropolitana de Maracanaú, resultou na captura de 14 pessoas, na manhã de hoje (27). Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva. A operação ocorreu em Maracanaú – Área Integrada de Segurança 12 (AIS 12). As investigações vinham sendo feitas desde março deste ano. O nome da operação foi dado em razão do objetivo principal da mesma, que era capturar pessoas envolvidas com o tráfico de drogas e distribuição de psicotrópicos a presos, além de envolvidos com o crime de estelionato. Quatro das prisões foram direcionadas a pessoas que já se encontravam presas. Os resultados dessa operação foram divulgados, na tarde de hoje (27), no Complexo de Delegacias Especializadas (Code).

O Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) da PCCE também participou da operação, assim como policiais das delegacias do 18º Distrito Policial (DP), 20º DP, 21º DP, 24º DP, 28º DP e 29º DP. A Divisão Antissequestro (DAS), a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) e a Delegacia Municipal de Pacajus também participaram da ação. Colaboraram ainda com a operação a Coordenadoria de Inteligência (COIN), da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o 14º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e o Batalhão de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (BPRaio).

Foi apreendida cerca de 10 mil reais em espécie, uma quantidade de maconha, balança de precisão e apetrechos utilizados para o tráfico de drogas. Foram apreendidos ainda cartões de bancos, além de comprovantes bancários de extratos e de depósitos ­– possivelmente resultantes de estelionatos, o que será verificado durante as investigações.

De acordo com as apurações, os psicotrópicos e as drogas apreendidas nas fases da operação seriam destinados a presos da Cadeia Pública de Maracanaú. Em relação ao crime de estelionato, as pessoas pertencentes a essa associação criminosa ligavam para as vítimas informando que elas haviam ganhado um prêmio. Para resgatar esse suposto prêmio, as vítimas teriam que depositar uma certa quantia em dinheiro.

Durante a ação, foi capturado um homem foragido da Justiça e suspeito de praticar homicídios. Trata-se de Rafael Pereira da Silva (26), vulgo “Rafael Jacaré” – que possui cinco passagens pela Polícia por homicídio, quatro por roubos e estelionato, além de responder a três inquéritos por tráfico de drogas. O suspeito é apontado também como uma das pessoas que atacou o prédio do 24º DP, em outubro deste ano.

Durante a operação, foi preso também Hallen Cesar da Costa Nogueira (28) – que também foi autuado, em flagrante, na Lei dos Crimes Ambientais – por causa de diversos pássaros silvestres encontrados em sua residência. Hallen possui uma passagem pela Polícia por homicídio, uma por associação criminosa, além de três por tráfico de drogas e uma por associação para o tráfico de drogas.

As fases da operação

A primeira fase da operação ocorreu em março, com o início das investigações. Em junho, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, quando foram apreendidos psicotrópicos e drogas que seriam levados para presos. Um suspeito foi capturado na ocasião. Trata-se de um agente prisional. Na última fase, ocorrida hoje (27), 14 pessoas foram capturadas. De acordo com as apurações, de dentro dos presídios partiam ordens de quem deveria ser executado, e havia os executores que praticavam os homicídios.

“Começamos a investigar pessoas que estavam presas na Cadeia Pública de Maracanaú e, ao mesmo tempo, cometendo estelionato por meio de celulares”, afirma o delegado titular da Delegacia Metropolitana de Maracanaú, Vicente de Alencar. A partir daí, houve uma representação perante à Justiça para que se interceptasse as ligações telefônicas dos suspeitos. “Dessa interceptação telefônica, nós verificamos várias pessoas organizadas criminalmente”, diz o titular. Foram identificadas pessoas não somente para praticar os estelionatos, mas também receber aqueles valores originários do crime. Houve vítimas das mais diversas localidades do País. As investigações sobre os fatos continuam, e os nomes dos demais presos não serão divulgados, pois o processo corre em segredo de Justiça.