Polícia Civil prende grupo especializado em aplicar golpes em instituições financeiras

27 de outubro de 2017 - 10:56

A Polícia Civil do Ceará (PCCE) deflagrou, na manhã de hoje (5), uma operação intitulada “A Profecia”, que tem como objetivo combater crimes de estelionato e contra instituições financeiras praticados na região de Jaguaribe, Área Integrada de Segurança 18 (AIS18). Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, contra empresários de uma mesma família, além de 11 mandados de busca e apreensão.

As investigações duraram cinco meses e apuraram que a organização criminosa causou um prejuízo acima de R$ 10 milhões na região do Jaguaribe, mediante a obtenção de empréstimos fraudulentos em nome de empresas fantasmas como madeireiras e depósitos de gás, entre outros ramos, criadas em nome de laranjas. A partir disso, os suspeitos iniciavam os golpes contra instituições financeiras da região.

A ação é um desdobramento da “Operação Antiofídico”, desencadeada em maio deste ano, e que resultou na apreensão de vários documentos, como contratos e cheques em branco, assinados por terceiros, material este que estava em poder de duas das empresárias presas nesta quinta-feira. Além delas, outras duas pessoas também foram detidas em cumprimento aos mandados de prisão, sendo uma mulher e um homem.

No total, o trabalho policial contou com 32 agentes de segurança das Delegacias Regional de Jaguaribe e de Aracati; do Departamento de Polícia do Interior da Região Sul; das Delegacias Municipais de Jaguaretama, Alto Santo, Iracema e Beberibe, em parceria com o Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Ceará. “As investigações continuam. Vamos manter os trabalhos para prender outros envolvidos no esquema”, disse o delegado Carlos Eduardo, titular da Delegacia Regional de Jaguaribe, responsável pelas investigações.

Os quatro detidos, que não tiveram suas identidades reveladas por decisão judicial para não atrapalhar o restante das apurações, são investigados por organização criminosa, obstrução de justiça, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro e falsidade ideológica. Além das prisões, foi determinado judicialmente o sequestro de bens, o bloqueio de contas e também o cancelamento do lançamento de valores referentes a processos licitatórios.