Suspeito de chefiar organizações criminosas é preso pela Polícia Civil

3 de janeiro de 2017 - 18:13

 

Suspeito de chefiar organizações criminosas atuantes no tráfico de drogas e em delitos contra instituições financeiras e responsável por articular a vinda de assaltantes de outros estados para cometer crimes em território cearense. Este é o perfil do homem preso pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio de policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF). A captura do infrator se deu, no último dia 30 de dezembro, em cumprimento a mandado de prisão preventiva por roubo a banco.

Antônio Erialdo Gomes de Souza (27) é apontado como responsável pelos esquemas criminosos que resultaram em delitos como os ataques contra uma agência bancária situada na cidade de Pedra Branca e, com o uso de explosivos, contra duas instituições que ficam em Senador Pompeu. Os dois fatos se deram respectivamente nos meses de julho e agosto de 2016. Mas este último foi frustrado por equipes da DRF, que prenderam oito assaltantes envolvidos e recuperaram R$ 200 mil. Um nono infrator morreu em confronto com a Polícia.

De acordo com o delegado Raphael Vilarinho, titular da DRF e responsável pelo caso, os trabalhos de investigação sobre o preso são desenvolvidos há aproximadamente seis meses. Depois do crime frustrado em Senador Pompeu, Antônio Erialdo fugiu para o Estado de São Paulo. Com a aproximação das festas de fim de ano, os investigadores apuraram seu retorno para o Ceará. Então, no penúltimo dia de 2016, ele foi capturado em Fortaleza, dentro de um supermercado que fica na Avenida Mister Hull no bairro Antônio Bezerra – Área Integrada de Segurança 1 (AIS 1) – e encaminhado para a sede da especializada DRF.

Os trabalhos policiais também indicam que o preso era responsável por levantar informações referentes aos assaltos, bem como apontar qual cidade seria alvo das ações delituosas. Além disso, o infrator conseguiu explosivos provinientes de um furto em Pernambuco para serem detonados contra as agências de Senador Pompeu. Ele também dava apoio logístico aos criminosos oriundos de São Paulo, com aluguel de casas e veículos, oferecendo suporte em troca de apoio em ações criminosas. Outras atividades que fazem parte do histórico criminoso de Erialdo são assaltos cometidos contra ônibus que circulam pela rodovia BR 116. A polícia Civil continua as investigações no sentido de apurar outros crimes protagonizados pela organização criminosa, composta por cearenses e paulistas.

Relembre um dos casos
O ataque contra os bancos, em Senador Pompeu, ocorreu na madrugada do dia 10 de agosto do ano passado. Os criminosos explodiram as agências para ter acesso aos cofres das instituições. Mas a ação deles foi interrompida por equipes das Polícias Civil e Militar, que realizavam diligências na região visando inibir crimes desta natureza. Os infratores efetuaram disparos de arma de fogo contra os agentes de segurança e houve troca de tiros. “Bigodinho” não resistiu aos ferimentos e morreu. Durante a ocorrência, uma espingarda calibre 12 e um carro Fiat Pálio, que foi utilizado na ação, foram apreendidos pela Polícia, além dos R$ 200 mil que os criminosos não conseguiram levar. 

A operação foi realizada pelas forças de segurança do Ceará e resultou nas prisões de oito homens envolvidos no ataque. As capturas são resultado do trabalho desenvolvido de forma integrada pelas Polícias Civil e Militar do Estado, por meio de equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), do Comando Tático Rural (Cotar), do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da inteligência da PM e com o apoio das Coordenadorias de Inteligência e Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Os suspeitos foram presos nas cidades de Iguatu e Senador Pompeu e encaminhados para a sede da DRF, em Fortaleza. Com eles, os policiais aprenderam mais quatro espingardas, várias munições de calibres diversos, uma balança de precisão, uma capa de colete balístico, um fio detonador, uma mala com emulsões de explosivos, outro carro, Hilux de placas OCI 7497, e sete celulares, entre outros.