PC-CE homenageia servidores que contribuem de forma organizacional e operacional

5 de novembro de 2022 - 13:12

Você sabe o que faz um escrivão? Se não, hoje (5), data que se comemora o dia do escrivão de Polícia, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE) homenageia e explica quais são suas atribuições e o papel desse profissional, que é peça fundamental e imprescindível no combate às ações criminosas. Conhecido pela organização dentro e fora de uma delegacia, o escrivão é peça fundamental para a materialização das ações policiais. Mas as atribuições não param por aí e quem explica um pouco mais sobre sua profissão, é o escrivão da PC-CE, José Raulino, atualmente lotado no 5° Distrito Policial.

Com 13 anos de carreira, Raulino disse que não se imaginava ser um escrivão, a escolha de participar de um concurso público surgiu, em primeiro momento, para estabilidade profissional e, que após a aprovação, não sabia que as atribuições da profissão eram maiores do que ele esperava. “Quando disse pra minha mãe que eu ia ser policial e que eu queria ser escrivão, ela ficou mais aliviada. Lembro-me bem que ela falou que o bom de ser escrivão era que eu iria ficar “guardadinho” dentro de uma delegacia. Mas a realidade foi outra e isso fez com que eu me apaixonasse ainda mais pela profissão”.

Responsável pela formalização e pela documentação de inquéritos policiais, os profissionais transcrevem as informações dadas por todas as pessoas que precisam ser ouvidas. É ele que é responsável pela guarda, preparo e encaminhamento dos procedimentos policiais à Justiça. Também é um dos responsáveis pela formalização da investigação criminal, atuando de forma direta na produção e materialização de provas nos autos dos procedimentos. Com muita atenção e organização, este servidor exerce sua função dentro e fora da delegacia.

Para quem ainda não sabe, o escrivão também participa das operações policiais, cumpre mandados de prisões, executam intimações, apurações, bem como realizam prisões em flagrante. Outra dúvida, é que muitos ainda acham que o escrivão não é um policial civil, bem como não usam arma de fogo para exercer suas atividades.

“É importante esclarecer que, assim como eu no início, existem várias pessoas que não sabem ao certo o que faz um escrivão. Bom, quero ressaltar que não temos uma rotina estabelecida, uma hora estamos em diligências, outras ouvindo as vítimas ou suspeitos, realizamos o registro do Boletim de Ocorrência, outras estamos em operação, enfim. É apaixonante, acredite. Eu me apaixonei por essa profissão, ajudar o próximo, promover a justiça. O bom é que não é monótono, e isso é ainda mais gratificante”, pontuou ele.

Quatro anos em combate ao crime cibernético

Ouvir, escrever, documentar, diligenciar, prender, essas atribuições fizeram com que Raulino aprendesse a ter um olhar mais apurado diante das inúmeras ocorrências do qual ajudou a documentar e investigar. Com início de carreira em 2009, o policial civil passou pelo 32° Distrito Policial, situado no bairro Bom Jardim e atualmente trabalha no 5° DP, que fica no bairro Parangaba, onde fica à frente das investigações de crimes cibernéticos.

 

Entre os feitos, ele relembra o trabalho investigativo que resultou na identificação, localização e prisão de um técnico de informática, suspeito de ameaçar e extorquir, pelo menos, 2 mil vítimas, em todo o Brasil. A prisão do investigado, que praticava os crimes por meio de perfis falsos nas redes sociais, aconteceu em abril deste ano. “Tenho muito orgulho de ter participado ativamente deste caso, assim como os outros, claro. Mas neste específico, eu fico muito feliz em ter dado a resposta para a sociedade. Há quatro anos trabalho com investigações em crimes cibernéticos, e esse me marcou pela particularidade do caso”.

Raulino finaliza: “Para você que deseja ser um policial civil, um escrivão, não pense que nosso trabalho é algo administrativo, apenas burocrático. Se você gosta de desafios, a Polícia Civil é o lugar certo. Com o nosso trabalho, contribuímos com as investigações, operações e prisões. Nosso papel é fundamental dentro da instituição. Eu, em particular, tenho muito orgulho de ser um escrivão de Polícia”.