Esquema de adulteração de garrafões de água mineral é desmantelado pela Polícia Civil em Acopiara

14 de agosto de 2020 - 18:46 # # # # # #

Um esquema clandestino de adulteração de garrafões de água mineral foi desmantelado pela Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) após uma investigação coordenada pela Delegacia Regional de Iguatu com o apoio da Delegacia Municipal de Acopiara. Três homens foram presos em flagrante durante a ofensiva, que aconteceu nessa quinta-feira (13). Diversos lacres e selos, oriundos de furtos, foram apreendidos.

A coleta dos primeiros indícios para elucidar a prática criminosa iniciou após a Polícia Civil ser informada acerca de furtos de lacres e selos fiscais de uma empresa de venda de água, na cidade de Acopiara, na Área Integrada de Segurança 21 (AIS 21) do Ceará. Após rastrear o destino desse material, os investigadores chegaram aos suspeitos Wanderson Ferreira Silva (21) e Francisco Alves da Silva Júnior (20). Eles foram abordados pelos policiais civis quando transitavam em um caminhão na cidade e se preparavam para entregar um carregamento composto com garrafões com água.

Dentro do veículo, os policiais civis encontraram selos fiscais intactos, que seriam utilizados nos recipientes. Ao serem questionados sobre a origem da água, os homens afirmaram que o líquido era colhido de uma cisterna na mesma cidade, no bairro Vila Esperança. Em diligência ao local onde os vasilhames eram preparados, os investigadores encontraram o terceiro envolvido: Lindoval Alves Silva (43), pai de Wanderson. Uma casa de taipa, com um ambiente em condições insalubres, servia de ponto de apoio para o esquema criminoso.

No total, foram apreendidos 292 lacres selados, 90 garrafões e o caminhão utilizado para a comercialização e entrega da água foram apreendidos. O trio foi encaminhado à Delegacia Regional de Iguatu, onde um inquérito policial por fabricar, vender, ter em depósito para venda, substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado, foi lavrado. A pena para quem comete esse tipo de crime é reclusão, de quatro a oito anos, e multa. Os suspeitos responderão ainda por receptação, em razão de terem recebido os selos furtados. As investigações sobre o fato seguem em andamento.