Seis homens suspeitos de participarem de homicídio de agente penitenciário são presos na Capital

3 de março de 2020 - 20:18 # # # # #

Após diligências ininterruptas para identificar e capturar os suspeitos de participarem do homicídio de um agente penitenciário, nesse domingo (1º), a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e com apoio de agentes do Grupo de Ações Penitenciárias da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), prendeu todos os seis envolvidos, que participaram direta ou indiretamente, no crime. As ações para as capturas dos homens se estenderam até a noite dessa segunda-feira (2) e também tiveram apoio da Assessoria de Inteligência (Asint) da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Os detalhes do caso foram apresentados em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (3), na sede do DHPP.

Ao todo, seis pessoas foram identificadas, presas e tiveram suas participações confirmadas no curso do trabalho investigativo, que foi conduzido pela 11ª Delegacia do DHPP, unidade responsável por apurar crimes contra agentes de segurança pública do Estado. Conforme apurado, o agente Paulo Vitor Passos Teixeira (25) estava em um veículo, quando foi abordado por homens armados em uma rua do bairro Papicu, na Área Integrada de Segurança (AIS 10). Logo após receber os dados da ocorrência, as equipes da Polícia Civil e da SAP saíram em buscas pela região, com o apoio de uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

No desenrolar da ocorrência, foram presos: Abnoan Avelino Vieira (49), com antecedentes por homicídio e posse de drogas; Antonio Denilson Marques da Silva (20), o “Gordinho” e sem antecedentes criminais; Francisco Alves da Silva (34), sem antecedentes; Edson Alexsander Nogueira dos Santos (23), paulista e sem antecedentes criminais no Ceará; Lucas Luiz Ferfolli (25), paulista e sem antecedentes criminais no Ceará; e Marcos Antônio Ferreira, o “Negão”, natural do estado de Mato Grosso e sem antecedentes criminais no Ceará.

Os levantamentos policiais desvendaram que cinco suspeitos abordaram o carro do agente penitenciário, na noite do domingo, e exigiram que os ocupantes desembarcassem do veículo. As vítimas desceram e foram questionadas sobre o motivo de estarem na região. Ao vistoriarem o interior do carro, um dos suspeitos encontrou a pistola .40 do agente, momento em que Paulo tentou correr, mas foi atingido por disparos de arma de fogo. Os demais ocupantes foram liberados em seguida.

As ações para as capturas dos suspeitos aconteceram de forma ininterrupta e resultaram ainda nas apreensões da pistola da vítima e de um revólver calibre 38 desmuniciado. Conforme as apurações policiais, o revólver pode ter sido utilizado para disparar contra o agente, por esta razão, ele será encaminhada para a Perícia Forense do Estado do Ceará e será submetida a análise técnica por profissionais do Núcleo de Balística Forense (Nubaf) da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec).

Sobre a participação dos envolvidos, a Polícia Civil descobriu que “Negão” foi um dos autores dos tiros que acertaram o agente penitenciário. O revólver calibre 38 encontrado na diligência estava em poder dele, que confessou ser um dos executores. Outro suspeito que também confessou ter efetuado os tiros foi “Gordinho”. Ele disse em depoimento que usou a pistola do agente para disparar. Francisco, que é motorista de aplicativo, foi responsável por dar fuga a “Negão”. Abnoan ficou encarregado de guardar a arma da vítima. Edson e Lucas estavam presentes na abordagem a vítima. A Polícia Civil apura todas as circunstâncias para remeter o inquérito policial para o Poder Judiciário.

Após conclusão do auto de prisão em flagrante, os homens foram autuados por homicídio qualificado por se tratar de um integrante do sistema prisional em decorrência do cargo da vítima e por integrar organização criminosa. Edson e “Negão” também vão responder por porte ilegal de arma de fogo, já que foram flagrados com as armas apreendidas na ação policial.

Denúncia

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que possam auxiliar os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas pelo número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), para o (85) 3257-4807, do DHPP, ou ainda para o número (85) 99111-7498, que é o WhatsApp do Departamento, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem. O sigilo e o anonimato são garantidos.