Aesp forma segunda turma do Curso de Operações Táticas Especiais
18 de outubro de 2019 - 19:42 #Aesp #Curso #Operações #Táticas especiais
Depois de 11 semanas de instrução, chega ao fim a segunda edição do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote/2019) – capacitação promovida pela Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp/CE) como objetivo de recrutar novos integrantes para atuar na Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).
Dos 48 profissionais vindos de diversos estados do Brasil para iniciar o treinamento, ainda no mês de agosto, apenas dez concluíram o curso com êxito, sendo seis policiais civis do Estado do Ceará; um policial civil do Estado do Amazonas; um policial civil do Pará; um policial rodoviário federal e um agente penitenciário do estado de Goiás.
A entrega dos brevês aos novos “carcarás”, como são chamados os concludentes do Cote, aconteceu em solenidade realizada, nesta sexta-feira (18), na sede da Aesp e contou a presença da diretora de planejamento e gestão da Aesp, Ivana Marques; do delegado geral da PCCE, Marcus Rattacaso; do secretário da Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque; do superintendente de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), Aloísio Lira, e do representante do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais do Estado de Goiás, Lizandro Cardoso, entre outras autoridades do Sistema de Segurança Pública cearense.
Treinamento complexo
Para preparar o policial para atuar em missões complexas e que requeiram a aplicação da doutrina de operações, a programação do Cote incluiu diversas disciplinas e contou com instrutores de unidades especializadas da Polícia Militar do Ceará (PMCE); do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE); da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS); da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e da própria Core, além de instrutores de instituições policiais de outros estados.
“Esse curso é nacionalmente reconhecido como um dos melhores cursos de operações especiais das polícias civis do Brasil, não só pelo nível de instrutores, mas como também pela doutrina que é empregada na formação desses novos operadores táticos especiais”, destacou o delegado geral da PCCE, Marcus Rattacaso.
Foram 398 horas de treinamento, com instruções de armamento e tiro de combate policial; gerenciamento de crises; operações em meio aquático; operações helitransportadas; investigação policial para sequestro e crime organizado; operações veiculares; combate desarmado; e controle de distúrbios civis, entre outras disciplinas que promovem a melhoria das condições físicas, técnicas, táticas, psicológicas e intelectuais dos participantes do curso.
Intercâmbio
O curso ainda contou com treinamentos em outros estados da Federação, onde os alunos do II Cote tiveram a oportunidade de trocar experiências e aprender com agentes de unidades de operações especiais que são referência no Brasil. A parte de patrulhamento urbano aconteceu na Core da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e na Divisão de Operações Especiais da Policia Civil de Brasília foi ministrado o módulo de entradas táticas.
“Uma das principais funções da Core Ceará é fazer cumprimentos de mandatos de alto risco, e nisso entra a doutrina de entradas táticas. O referencial atualmente no Brasil é a Divisão de Operações Especiais da Polícia Civil de Brasília. Nós conseguimos levar os alunos lá, onde eles dispõem de uma estrutura fenomenal para o ensino desses alunos; e no Rio de Janeiro, na parte de combate urbano que, devido à experiência deles, lá foram desenvolvidas as melhores técnicas do mundo, também com uma estrutura excelente que facilita os ensinamentos”, explicou o coordenador do Curso, delegado Antônio Pastor, que também é chefe da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil.
Sonho realizado
A integração entre as forças de segurança esteve presente em todas as etapas do curso e teve um significado maior para o agente penitenciário do Estado de Goiás, Diogo Rodrigues Dias Pereira, que veio fazer o curso em busca de mais conhecimento e retorna para a região Centro-Oeste com o certificado de 1º lugar na classificação final do II Cote. Ele fala da alegria em vencer mais esta etapa na carreira profissional. “Sempre tive um sonho de fazer parte de um curso desses. Não é fácil você poder fazer parte de um grupo de operações especiais, requer muita disciplina, requer muito comprometimento, muita força psicológica, você precisa de uma série de fatores. Ser o 01 é uma benção, é uma vitória, me dá mais compromisso e mais responsabilidade”, revelou Diogo.
Reforço
Segundo o delegado geral da Polícia Civil cearense, com a formatura dos novos “carcarás”, o objetivo é fortalecer, cada vez mais, as ações da Core. “É um desejo nosso manter esse grupo forte, unido, coeso e bem estruturado, porque é com esse grupo (Core) que a gente consegue implementar as nossas operações policiais que envolvem eventos críticos. São homens de operações especiais talhados para esse fim e que agora enobrecem e vão engrandecer o nome da Polícia Civil do Estado do Ceará”, declarou Rattacaso.
A primeira turma do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote) promovida pela Aesp aconteceu em 2017 e formou 14 profissionais de segurança pública.