Forças de segurança do Ceará capturam no RN último suspeito envolvido na morte de PM

10 de fevereiro de 2021 - 20:12 # # # # # # # #

Mais de 250 quilômetros de Fortaleza até a cidade de Apodi, no Rio do Grande do Norte. Essa foi a distância percorrida por Ramon Victor Carvalho Rezende (20) na tentativa de fugir das autoridades cearenses. Equipes do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), a partir de informações trabalhadas pela Coordenadoria de Inteligência (Coin) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), localizaram o suspeito apontado como um dos executores da morte de policial militar Cícero Marcos Viana dos Santos (38), no dia 29 de janeiro deste ano, no município de Cascavel. A prisão foi efetivada nessa quarta-feira (10). Detalhes da ação policial foram divulgados nesta manhã, em coletiva de imprensa, na sede do DHPP, em Fortaleza.

Escondido em um assentamento na cidade de Apodi, cidade que faz divisa com os municípios cearenses de Tabuleiro do Norte, Alto Santo e Potiretama, Ramon, conhecido pelo codinome “Acerola”, é o sexto suspeito preso envolvido na morte do policial militar Cícero Marcos Viana dos Santos (38), cabo lotado no 1º Batalhão do Comando de Policiamento de Choque (CPChoque). “Acerola” estava na companhia de outro cearense, porém, sem relação com a morte do policial militar. José Arnilson Nogueira da Silva (22) estava com um mandado de prisão preventiva em aberto pelo crime de roubo e também foi capturado na ofensiva da Polícia cearense em terras potiguares.

De acordo com as apurações policiais, “Acerola” é apontado como um dos suspeitos encarregado por atirar no militar. Na ocasião, o militar trafegava em um veículo pela localidade de Guanacés, quando foi surpreendido por indivíduos que estavam em motocicletas e efetuaram disparos de arma de fogo contra ele. O PM revidou e atingiu um dos suspeitos, mas o militar foi baleado e não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no local.

Prisões anteriores

Cinco suspeitos já haviam sido presos sob suspeita de participação no homicídio no dia seguinte à morte do PM, após um trabalho integrado entre a Polícia Militar do Ceará (PMCE) e a Polícia Civil, no dia seguinte à morte do militar. Um sétimo suspeito, identificado como Antonio Wellington Rodrigues Moreno (29), vulgo “Chocolate”, trocou tiros com uma composição do CPChoque, no dia 3 deste mês, em Fortaleza, e veio a óbito. Ele tinha diversas passagens pelos crimes de tráfico de drogas, dano, roubo, fuga de preso, posse e porte de arma de fogo de uso restrito. Contra ele também havia um mandado de prisão preventiva pelo homicídio do policial militar.

Os cinco suspeitos, presos em ações anteriores, foram identificados por Rosenildo de Carvalho Lima (44), com passagem por roubo e por desobediência; Francisco Diego Batista Pereira (26), com antecedentes criminais por posse irregular e porte ilegal de arma de fogo, tentativa de roubo, receptação e tráfico de drogas; Francisco Luan de Menezes (25), com passagem por dano; Felipe Monteiro de Sousa (28), com antecedentes por homicídio consumado, homicídio tentado, corrupção de menores e posse irregular de arma de fogo; e João Inácio da Costa Rodrigues (29), com antecedente por posse irregular de arma de fogo.

As investigações do caso foram conduzidas pela 11ª Delegacia do DHPP, unidade responsável por apurar crimes contra profissionais de segurança, e tiveram apoio de inteligência e no levantamento de informações da Coordenadoria de Inteligência (Coin) da SSPDS. Com a prisão do último investigado, os suspeitos foram indiciados pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e por meio que impossibilitou a defesa da vítima, além disso, eles vão responder por integrar organização criminosa. O caso foi concluído, elucidado e remetido ao Poder Judiciário.

Denúncias

A população pode contribuir repassando informações que auxiliem na localização dos suspeitos. As denúncias podem ser feitas para o número (85) 3257-4807, do DHPP, que também disponibiliza o mesmo número como WhatsApp. O sigilo e o anonimato são garantido