Polícia Civil cumpre mandados judiciais referentes à Operação Vértice do MPCE

17 de setembro de 2020 - 16:57 # # # # # # # #

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deu apoio aos trabalhos para o cumprimento de 18 mandados de prisão e de busca e apreensão oriundos da Operação Vértice, deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por intermédio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e da 4ª Promotoria de Justiça de Crateús. A ofensiva desta quinta-feira (17) mirou pessoas investigadas com a suposta prática de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro em contratos da Câmara Municipal de Crateús. Ao todo, foram expedidos três mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão. Um alvo não foi encontrado até o início da tarde de hoje.

Os crimes apurados pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) do MPCE têm como base contratos celebrados a partir do ano de 2015 para serviços de assessoria contábil e financeira da Câmara Municipal de Crateús. Os alvos da Operação Vértice são um secretário municipal, quatro empresários, quatro vereadores e quatro servidores da Câmara de Vereadores do município que integra a Área Integrada de Segurança 16 (AIS 16) do Estado.

Os mandados judiciais de crimes contra administração pública e lavagem de dinheiro foram expedidos pela 3ª Vara da Comarca de Crateús e foram cumpridos na própria cidade de Crateús, além dos municípios de Poranga, Barroquinha e Fortaleza, com diligências também no estado do Piauí. Cinquenta policiais civis lotados no Departamento Técnico Operacional (DTO) da Polícia Civil foram mobilizados para cumprir as ordens judiciais nos endereços dos investigados. Durante os trabalhos, foram apreendidos aparelhos celulares, computadores e documentos.

Conforme investigação realizada pelo MPCE, foi detectada movimentação de mais de R$ 1 milhão nas contas de suspeitos envolvidos com os contratos, com objetos loteados entre várias empresas. Apuram-se indícios de que empresas teriam prestado consultorias “de fachada”, servindo de ponte para que dinheiro público fosse desviado para os agentes públicos a título de propina.

Com informações da Assessoria de Imprensa do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE).