Evento discute articulação e tecnologias para localização de pessoas desaparecidas no CE
28 de agosto de 2024 - 17:20 ##12ª Delegacia Do Departamento De Homicídios E Proteção À Pessoa #Desaparecidos #PCCE #Pefoce
Com o propósito de discutir a articulação e sobre recursos tecnológicos para localização de pessoas desaparecidas no Ceará, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e a Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) participaram, nessa terça-feira (27), do seminário “Desaparecidos: investigação, tecnologia, articulação e acolhimento para enfrentar o fenômeno”, evento realizado na sede do auditório da Escola Superior do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), no bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza.
Na oportunidade, participaram da mesa de abertura a delegada-geral adjunta da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Teresa Cruz; o perito-geral da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), Júlio Torres; o promotor de Justiça e coordenador do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), Hugo Porto; o diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público, Manuel Pinheiro; a secretária de Direitos Humanos do Estado do Ceará, Socorro França; a coordenadora-geral ubstituta de Segurança Pública e Direitos Humanos no Ministério da Cidadania e dos Direitos Humanos e coordenadora do Comitê Gestor da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, Bruna Costa; o subdefensor público geral do Estado do Ceará, Leandro Bessa; e o assessor de Proteção do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Daniel Mamede.
O objetivo do evento foi discutir com os agentes responsáveis pela busca e identificação de pessoas desaparecidas o suporte às famílias, mecanismos e ferramentas para o auxiliar na localização de pessoas desaparecidas a partir de recursos tecnológicos e da articulação entre órgãos.
A delegada-geral adjunta da PCCE, Teresa Cruz, frisou que a união entre os órgãos pode fazer a diferença e trazer esperança para aqueles que sofrem com a ausência de seus familiares. “A Polícia Civil é ciente da gravidade e complexidade do tema que toca profundamente a nossa sociedade: o desaparecimento de pessoas. Este é um fenômeno que não apenas causa dor e angústia às famílias, mas também desafia as instituições de Segurança Pública e Justiça em sua missão de proteger e servir à população. Por essa razão, temos nos empenhado em desenvolver estratégias e ações que visam não apenas a localização dos desaparecidos, mas também a investigação eficaz desses casos. A colaboração entre os diversos órgãos envolvidos com a temática é fundamental. Temos estabelecido parcerias para a troca de informações e a atuação conjunta, elas são essenciais para o sucesso das investigações”, ressaltou Teresa Cruz.
A primeira mesa de debates do evento trouxe a temática “Prevenir solucionar e garantir direitos” sendo presidida pela pela promotora de Justiça e coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV), Joseana França. A mesa teve como debatedores a delegada Patrícia Aragão, titular da 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Augusto Soares Flávio, e o perito-geral da Pefoce, Júlio Torres.
A delegada Patrícia Aragão, titular da 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), frisou sobre o trabalho investigativo e a busca ativa que são realizados para a localização de pessoas a partir do momento em que os familiares registraram o desaparecimento na delegacia.
“Não é necessário esperar 24 horas para registrar um boletim. O Boletim de Ocorrência (BO) é fundamental para que a polícia tome conhecimento do desaparecimento o mais rápido possível. Assim que o familiar observar que a pessoa fugiu da rotina, fez aquelas buscas preliminares e não a encontrou, deve-se dirigir imediatamente a delegacia mais próxima para poder registrar a ocorrência. A investigação e o trabalho de busca ativa iniciam imediatamente que tomamos conhecimento do desaparecimento. E a população tem um papel muito importante passando informações para a PCCE”, explicou a delegada Patrícia Aragão.
“Participei como palestrante nesse seminário, que tem como intuito debater o desaparecimento de pessoas no Estado, melhorias de atuação da Polícia Civil, sendo o órgão principal com atribuição para investigar o desaparecimento. Tive a oportunidade, nesse seminário, de mostrar o trabalho da Instituição e mostrar tudo o que é feito em termos de serviço interno e externo”, destacou o delegado Augusto Soares.
O perito-geral da Pefoce, Júlio Torres, frisou sobre a importância da mobilização nacional da coleta de DNA, que no Ceará conta com os nove núcleos da Perícia Forense e a sede da Pefoce. “A campanha de mobilização nacional vai utilizar técnicas de identificação genética para a coleta de DNA. Na primeira fase, que vai até 30 de agosto, são coletadas amostras de DNA de familiares de desaparecidos. São pontos de coleta os núcleos da Pefoce espalhados por todo o Estado. É preciso apresentar o boletim de ocorrência do desaparecimento e será uma coleta indolor e rápida que auxilia na busca por pessoas desaparecidas. E essas informações farão parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), explicou o perito-geral.
O encontro também contou com uma segunda mesa com a temática “Estratégias em Tecnologia na Investigação em Busca e Investigação de Desaparecidos”, que foi presidida pelo promotor de justiça e coordenador do PLID, Hugo Porto.
“Esse evento tem como discussão principal o apoio e o fortalecimento da rede. Para que juntos possamos unir esforços para que o fenômeno do desaparecimento seja enfrentado de maneira adequada e com celeridade”, finalizou o promotor.
O seminário foi uma realização do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas (CEDEP); do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE); da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS); da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Ceará (SDH); da Defensoria Pública do Estado do Ceará e da Cruz Vermelha.