Mês da Mulher tem primeira Quarta-Feira Cívica na Aesp
7 de março de 2024 - 13:58 ##Quarta-Feira Cívica #Aesp
A Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará (Aesp/CE) realizou, na tarde dessa quarta-feira (6), a primeira solenidade cívico-militar em março deste ano. A tradicional Quarta-Feira Cívica na Aesp reuniu a direção da instituição e representantes de outras forças coirmãs vinculadas à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
A edição desta semana da Quarta-Feira Cívica teve a visita do perito-geral adjunto da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), Átila Einstein, e da diretora adjunta do Departamento de Polícia Judiciária de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), delegada Rebeca Cruz, além do diretor de Polícia Judiciária da Região Norte do Estado, delegado Marcos Aurélio.
Os visitantes foram recebidos pelo diretor-geral da Aesp, delegado Leonardo Barreto, e pela diretora de Planejamento e Gestão Interna, coronel PMCE, Asmenha Torquato. Também acompanharam a visita o orientador da Célula de Ensino Civil e Integrado, delegado Ciro Lacerda, e o coordenador-geral do Curso de Formação Inicial da Pefoce, perito Túlio Oliveira.
Solenidade faz parte da programação do Mês da Mulher
A Quarta-Feira Cívica foi a primeira deste ano realizada no mês dedicado às mulheres. A delegada Rebeca Cruz aproveitou a ocasião e, além de explicar e detalhar o organograma da PC-CE para grupos vulneráveis, falou sobre a importância de os agentes de Segurança Pública trabalharem no sentido de proteger as vítimas da violência na temática de Defesa da Mulher.
“Se a gente estiver preparado para atender essa vítima, para acolher, principalmente no primeiro momento, quando ela precisa de acolhimento, ela vai se sentir acolhida, ela vai querer denunciar, ela vai querer que seja feito o procedimento. Existem alguns casos de violência em que a denúncia depende da vontade da vítima”, exemplificou a gestora.
Outro ponto citado pela delegada é a necessidade de frear a violência tão logo a mulher seja recebida. “Então, nós que recebemos e que acolhemos essa vítima, somos responsáveis também por quebrar o ciclo de violência. A violência que elas sofrem não é pontual, não é única, é um ciclo”, complementou. Entre os participantes da solenidade estavam os futuros escrivães e inspetores que estão em reta final do Curso de Formação da Polícia Civil. Futuros servidores da Pefoce também participaram da cerimônia
“Vocês não têm noção do quanto eu estou ansioso para que os senhores tomem posse. Nem imaginam! Talvez, tanto quanto vocês. Nossa instituição precisa de vocês”. Foi com essas palavras que o delegado Marcos Aurélio dirigiu-se aos alunos do Curso de Formação da Perícia Forense.
O delegado comentou as demandas de trabalho do órgão, as possibilidades de lotação, exemplificou demandas rotineiras e desejou sorte aos novos quadros da Perícia Forense. “É uma atividade que você começa do zero a investigação, vai evoluindo sem ter nada, vai melhorando, vai abrindo uma luz, daqui a pouco você já tem a investigação toda pronta”, sintetizou.
Servidores da Perícia Forense devem empregar ciência e tecnologia em suas funções
O perito-geral adjunto da Pefoce, Átila Einstein, reiterou que os servidores ligados à Perícia Forense devem desempenhar papel importante para subsidiar os trabalhos da Polícia Civil e do Poder Judiciário, sempre com respeito e zelo pela dignidade e pelos direitos humanos.
Átila Einstein deu exemplos de casos emblemáticos que chegam ao órgão e que necessitam de atenção dos profissionais para a elucidação das circunstâncias. “Vemos um caso de um aparente afogamento padrão, que deveria ser bem simples: um pescador pescando de tarrafa, que é uma rede que se joga para pegar peixe. Acontece que, na hora de tirar a rede, ele foi tirar com os dentes, e um peixe desceu. Não foi um afogamento. Ele faleceu por asfixia mecânica”, detalhou.
Outro caso citado pelo gestor envolveu os especialistas em Química na Pefoce. “Fomos requisitados pela Polícia Civil no sentido de verificar se, em determinado veículo, havia sido colocado açúcar no motor. Enviamos ao laboratório. E o pessoal da Química montou uma metodologia, um protocolo para verificar essa demanda”, lembrou.
Diretor da Aesp prestou homenagem às mulheres durante a cerimônia
O delegado Leonardo Barreto fez questão de ressaltar que as mulheres são servidoras essenciais para o bom funcionamento e para a operação plena dos órgãos ligados à Segurança Pública. Ele citou a inauguração da “Prateleira Maria da Penha”, na biblioteca desta Academia, e elencou ações voltadas ao enfrentamento à violência de gênero entre as forças coirmãs.
“Estamos aqui, hoje, com futuros policiais civis e futuros servidores da Pefoce. Também temos mulheres e homens alunos-soldados e cadetes da Polícia Militar. E, entre todos eles, a Aesp tem uma certeza: oferecemos e cobramos, do ponto de vista da matriz curricular e da avaliação disciplinar, o pleno domínio dos conteúdos ligados a cada área da formação, o que inclui os grupos vulneráveis, as minorias, as mulheres vítimas de violência”, comentou.
Leonardo Barreto também frisou que é orientação expressa do governador Elmano de Freitas e do secretário Samuel Elânio a proteção à mulher, a garantia dos direitos e o cumprimento das leis. “Violência contra a mulher não se discute. Violência contra a mulher se enfrenta. E, para esse enfrentamento, é preciso que todos nós, agentes públicos, estejamos capacitados e orientados para receber, acolher, tratar e dar encaminhamento”, reiterou.